Mulheres avançam em áreas técnicas
Mulheres avançam em áreas técnicas
Formação técnica facilita entrada no mercado de trabalho, antes dominado pelo público masculino. Na ViaQuatro, mulheres integram as equipes de manutenção e mudam o ambiente de trabalho.
Segundo dados divulgados pelo IBGE, as mulheres, em média, possuem maior escolaridade do que os homens. Este cenário traz reflexos para o mercado de trabalho, que necessita de mão de obra especializada.
Na ViaQuatro, empresa que opera da Linha 4-Amarela do metrô de São Paulo, áreas como manutenção e operação de equipamentos, que exigem formação técnica e sempre foram dominadas pelos homens, começam a receber representantes do sexo feminino. A empresa possui em seu quadro de colaboradores jovens mulheres que conquistaram, com profissionalismo, dedicação e personalidade, espaço em áreas muito específicas.
É o caso de Gardênia Freire. Filha de trabalhadores industriais, escolheu a carreira de eletricista e logo enfrentou o preconceito no mercado de trabalho. “Na minha turma do curso técnico, havia apenas duas mulheres. E muitos falavam que logo desistiríamos”, lembra. Mas a realidade foi bem diferente. “Nos formamos e quase um terço dos homens não concluiu o curso”, conta Gardênia.
O próximo desafio de Gardênia foi encontrar um emprego. O principal empecilho não foi formação ou habilidade profissional. “Fui chamada para entrevista em várias empresas, em quase todas, porém, ouvia do gestor que tinha o perfil ideal, mas a empresa não tinha estrutura para abrigar uma mulher na equipe técnica. Faltavam coisas básicas, como vestiário e banheiro”. Depois de finalmente conseguir emprego em uma siderúrgica e ser a primeira mulher a atuar como eletricista na história daquela empresa, passou a integrar a equipe de manutenção da ViaQuatro. “Por ser uma empresa jovem, aqui encontrei uma estrutura diferente.”
Cristiane Adad, coordenadora de gestão de pessoas da ViaQuatro, explica como funciona a política da empresa para casos como este. “A companhia tem como princípio não levar em conta o gênero do candidato. Isso inclui a equipe técnica. No time de manutenção, por exemplo, já contamos com 17 mulheres”, afirma. “O ambiente de trabalho foi elaborado para abrigar tanto homens como mulheres, com capacidade para auxiliar o colaborador em suas necessidades no dia a dia”, explica a coordenadora.
Essa visão evitou que colaboradoras, como Roberta Lima, técnica em sistemas de eletroeletrônica de transporte sobre trilhos, passassem por constrangimentos. Na época do estágio, Roberta atravessava a planta inteira da empresa que trabalhava só para ir ao banheiro.
Já Erika Pacheco, hoje técnica em eletrônica na ViaQuatro, além das dificuldades enfrentadas por Gardênia e Roberta, ainda encontrou um obstáculo extra: a mala de ferramentas. “Na área de eletrônica, precisamos levar as ferramentas de trabalho para diversos lugares e, diga-se de passagem a mala, é bem pesada”, diverte-se Erika. Mas, na ViaQuatro, esse problema não existe. “A empresa percebeu a necessidade de facilitar o manuseio do material e adaptou rodas às malas. Isso facilitou o desempenho de nossas tarefas, para as mulheres e para os homens também”, afirma Erika, que destaca ainda a adaptação do uniforme ao biotipo feminino. “A equipe trabalha uniformizada e o ajuste das roupas para as mulheres foi uma iniciativa muito interessante para nós”.
Convívio com os colegas
Mas, como os homens encaram a presença feminina em redutos tradicionalmente masculinos? “No início, os colegas me receberam com certa desconfiança, pois a rotina é bem puxada mesmo. Mas os gestores souberam lidar com isso e não sofro nenhum tipo de preconceito”, conta Erika. “Logo no início, percebi que precisava mostrar meu talento e me dedicava ao máximo. Tenho certeza que isso também ajudou a conquistar o respeito de todos.”
Para Cristiane Adad, a presença da mulher também faz bem ao local de trabalho. “A mulher traz suavidade ao ambiente, além de apresentar algumas características importantes como ser mais detalhista, aberta a relacionamentos e acolhedora. Isso é importante para a produtividade e bem-estar dos colaboradores”, explica a coordenadora da ViaQuatro.
Sobre a ViaQuatro:A concessionária tem seu capital social dividido da seguinte maneira: 58% são detidos pelo Grupo CCR, 30% pela Montgomery Participações S.A., 10% pela Mitsui & Co. Ltda, 1% pela RATP Developpement S.A. e 1% pela Benito Roggio Transporte S.A. Assinou em novembro de 2006 o primeiro contratode Parceria Público-Privada com o governo do Estado de São Paulo, para operar e manter a Linha 4-Amarela do metrô. Cabe à concessionária adquirir os trens previstos no contrato (14 para a primeira fase e até 15 adicionais para a segunda), os sistemas de sinalização, centro de controle operacional e comunicação móvel.
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